quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Uma porta


Abriu-se na esquina da rua escura

Uma porta clara.

Clara como a lua pintada de luz

Em dia de cheia.

Da porta clara saiu uma estrela.

Estrela guia da manhã.

E por ser noite, não ser dia,

A estrela da porta clara morreu.

Morreu dura na esquina escura.

E a estrela de outro dia,

Que dura havia morrido, ressuscitou.

Nasceu de novo, como eu diria.

Nasceu para brincar e zombar

Da esquina da rua.

Onde a noite agora

Por causa da estrela

Acabou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário