domingo, 25 de outubro de 2009

Oficina


Levei meus poemas para uma oficina.
Quem diria, consertar poesia!
Nos meus sentimentos
nas minhas inquietações,
melhorar a gramática
fazer novas construções.
Tarefa árdua e difícil de digerir.
Todos matando meus versos
sem piedade. Poetas desleais.
Escuto com paciência.
Controlo meu desejo:
Dizer não, isto eu jamais mudaria.
Agirei com maturidade,
a escolha foi minha.
Os poemas mexidos serão outros,
outras versões.
Com novas correções.
Serei outro poeta.
Melhor ou mais flexível.
Serei incorrigível!

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