segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Ser

Se eu soubesse como é simples o mundo
E como é fácil a vida,
Eu não seria assim.
É claro, eu mudaria.
Mas para mim, o que é sem disfarces,
Sou eu.
O mundo é que tem os mistérios
E são eles que dão a minha vida
Um jeito de luta, de vontade.
Só o mundo tem os sobressaltos,
As repentinas mudanças.
Errado talvez por ingenuidade ou
Por uma sabedoria copiada,
Penso que sou constante.
Quando sorrio, quando choro,
Ou caio na insatisfação,
Apenas mostro uma reação
Às crises do mundo.
É ele que sofre, que ri.
Seja isso a mecanização, a submissão.
Sou submisso à emoção.
A fragilidade é ser o próprio mundo.

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